Acreditamos que:

Gastronomia não é somente a arte de fazer e consumir iguarias.. mas é também compreender os sentimentos e transportá-los ao paladar...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sistemas de Plantio de Videiras

Latada ou Pérgola

Sistema de "latada" ou Pérgola, onde as videiras se espalham sobre fios de arame dispostos horizontalmente a cerca de 2 metros do solo, permitindo um melhor desenvolvimento e uma produção quantitativa. Neste sistema, os cachos se posicionam embaixo das folhas, o que impede que recebam a luz solar, indispensável para que as uvas tintas acumulem matéria corante, aromas e sabores. Este sistema ainda dificulta a ventilação das parreiras, favorecendo o aparecimento de doenças, especialmente as causadas por fungos (botrytis). 

É o sistema mais utilizado na Serra Gaúcha (RS) e no Vale do Rio do Peixe, SC. Na América do Sul, alguma expressão na Argentina, Chile e Uruguai. Na Europa, aparece especialmente na Itália, com nome de modo de aplicação diferente.
 As videiras usualmente são alinhadas em fileiras distanciadas geralmente a 2,50, e a distância entre plantas é de 1,50 a 2,00 m, conforme a variedade e o vigor da videira. A zona de produção da uva situa-se a aproximadamente 1,80 m do solo. A carga de gemas também é variável, sendo em geral de 100 mil a 140 mil gemas/ha.


Segundo a Embrapa, uma das muitas vantagens são área do dossel extensa, com grande carga de gemas. Isto proporciona elevado número de cachos e alta produtividade com uma boa rentabilidade econômica, especialmente em pequenas propriedades e com fácil adaptação à topografia de regiões montanhosas. Porém, sua manutenção e implantação, aumentam consideravelmente o custo. 


O sistema de sustentação deve suportar o peso da uva, dos braços, dos ramos e folhas. Além disso, deve-se considerar o impacto de acidentes durante as operações no vinhedo e os efeitos relacionados ao clima, como por exemplo, tempestades e vento forte.

O aramado é formado por cordões de cabeceira e cordões laterais e por fios da produção, da folhagem e dos rabichos (das cantoneiras, das cabeceiras e dos laterais).




Espaldeira

O sistema de Espaldeira, é muito mais adequado para o cultivo de uvas de qualidade. Neste sistema, as parreiras são dispostas em fileiras paralelas, permitindo-se uma perfeita insolação das folhas e dos frutos, além de propiciar uma ótima ventilação dos vinhedos. As parreiras são dispostas verticalmente, e em uma armação formada por postes e dois ou mais fios de arames, em uma estrutura semelhante a uma cerca.

 É um dos mais utilizados pelos viticultores nos principais países produtores de vinho. No Rio Grande do Sul, é adotado pelas principais vinícolas da Serra Gaúcha.
    
Normalmente, deixam-se duas varas/planta quando a poda é mista; em cordão esporonado, há dois cordões/planta. A distância entre as fileiras varia de 2,00 a 2,50 m, mas se a altura do dossel vegetativo for de 1,00 m a captação da radiação solar é maximizada com fileiras distanciadas de 1,00 m. O  dossel situa-se entre 1,00 e 1,20 m do solo. Deixam-se de 65 mil a 80 mil gemas/ha, dependendo principalmente da variedade. A altura do sistema de sustentação do solo até a parte superior é de 2,00 a 2,20 m .

A posição dos frutos estão em uma área que facilita as operações mecanizadas, como remoção de folhas, pulverizações dos cachos e desponta; Seu custo de manutenção e implantação é menor que o do latada. Seus aspectos desfavoráveis, são devido a tendência ao sombreamento, não sendo indicado para cultivares muito vigorosas ou para solos muito férteis. É conveniente que as fileiras não excedam 100 m de comprimento e que o espaçamento entre os postes internos seja, no máximo, de 5 m.
A colocação das estacas em áreas planas deve ser feita da mesma forma que a instalação de uma latada. Em área com declives, recomenda-se colocar as fileiras em curvas de nível. 

          http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1664546-4529,00.html 
Texto elaborado e formatado por:

Brisa Araújo
Leonardo Almeida 

Nenhum comentário:

Postar um comentário