Ciao, leitores. Assim começo esse texto! Resolvi postar algo que talvez para muitos de nós brasileiros seja de conhecimento superficial, não tão aprofundado. Um docinho da culinária clássica italiana que surpreende tanto pelo sabor, quanto a combinação de sensibilidades organolépticas relacionadas ao paladar, uma mistura crocante de massa e sabor explosivo de recheio. Vamos falar do cannoli. Não consegui encontrar a tradução exata no dicionário italiano, o qual consultei a palavra, mas provém do singular cannolo que significa “pequeno tubo”, já que seu aspecto visual condiz com a tradução encontrada. Mas para iniciarmos, vou escrever como tudo começou, pois foi através de um amigo da área gastronômica que cheguei ao conhecimento deste surpreendente docinho.
Conheci o Alexandre através de um curso no Hotel Escola Águas de São Pedro, interior de São Paulo. Formamos-nos e fomos para o mercado de trabalho. O Alexandre então teve a oportunidade de morar na Itália. Primeiramente morou na cidade de Salerno, região de Campânia, próximo ao sul, que ao meu paladar diria que uma das melhores regiões gastronômicas. Logo foi pra Milão e por último na Inglaterra, onde trabalhou em restaurantes e permaneceu até o retorno para o Brasil. Esse ano ele deu ênfase ao cannolo, dedicou-se à pesquisa e testes desta produção.
O cannolo é proveniente da Sicília, sul da Itália. Sabe-se que a Sicília é uma ilha localizada ao Mar Mediterrâneo e que foi colonizada por árabes, porém muito da gastronomia originou-se desta invasão e o cannolo provavelmente nasceu através dessa colonização, sendo os árabes especialistas em doces de massas finas e crocantes.
Alexandre Leggieri, o amigo que me inspirou esse texto, agora tem uma Cannoleria em São Paulo localizada na Vila Mariana onde trabalha com encomendas.
O cannolo é uma massinha muito fina, frita e recheada tradicionalmente com creme de ricota, frutas cristalizadas e aromatizadas com raspas de limão siciliano. Há também outras versões com creme de ricota e goiabada, uma alusão a Romeu e Julieta e o de Nutella, que o Alexandre importa da Itália e as frutinhas cristalizadas, que não poderiam ser as mais típicas.
Sua cannoleria expressa um cenário típico italiano, talvez não tanto para um comércio, mas pela recepção e a liberdade de estar em uma casa. O que mais me encanta nesse trabalho é o renascimento da gastronomia clássica, esquecida por conta de tanta modernidade. Crocância e recheio expressam sabores que talvez para muito de nós ainda seja irreconhecível e sem falar de uma produção totalmente artesanal, que muitas vezes excluída do contexto da gastronomia. Confesso que o Alexandre está de parabéns pelo esforço e trabalho e fiquei muito grata, sem contar que isso edifica os apaixonados pelo trabalho na área gastronômica através da pesquisa.
As fotos são de Marcelo Katsuk, editor de arte da Folha Online. Marcelo escreve textos sobre gastronomia muito interessantes, aí fica a dica do seu site http://marcelokatsuki.folha.blog.uol.com.br/
Camila Bastos, formada na USC em Gastronomia.
Eu fico eufórica quando tenho a oportunidade de conhecer pessoas com tamanha atitude. Quando somos sonhadores e acreditamos em nossos sonhos, até podemos apanhar um pouco da vida... mas quando as recompensas começam a chegar, nós podemos ver que realmente vale a pena sair de nossa margem de segurança. Meus parabéns Alexandre... e não te desejarei sorte... e sim, Sucesso. Pois é o que vc merece!
ResponderExcluirOLÁ BRISA.
ResponderExcluirSOU SEU MAIS NOVO SEGUIDOR.
E OLHA, BATEU UMA FOME INSUPORTÁVEL ENQUANTO LIA SEU BLOG. (RS)
NA OPORTUNIDADE ESTOU CONVIDANDO PARA QUE CONHEÇA MEU BLOG DE HUMOR:
"HUMOR EM TEXTO".
A CRONICA DESTA SEMANA É :
“MOMENTOS DE UMA VIDA A DOIS”.
E QUE MOMENTOS !!!
É DE HUMOR ...E DE GRAÇA!
VENHA CONFERIR E COMENTAR!
UM ABRAÇÃO CARIOCA.
Olá.
ResponderExcluirPassei pra conhecer, gostei e já estou seguindo, para acompanhar sempre. Deu até agua na boca.
Beijocas