Acreditamos que:

Gastronomia não é somente a arte de fazer e consumir iguarias.. mas é também compreender os sentimentos e transportá-los ao paladar...

terça-feira, 8 de março de 2011

Champanhe e Espumante – Conceitos e Diferenças.


Muitas pessoas, erroneamente, pensam que existe alguma diferença entre o champanhe e o espumante. Porém, o primeiro é apenas uma denominação de origem, imposta pela União Européia, logo, somente os espumantes da região de Champagnhe podem ter esse nome. A denominação “espumante” é apenas genérica.
Os vinhos espumantes são, basicamente, aqueles que contêm gás carbônico: apresentam farta espuma ao ser servido e bolhas que perduram no copo. Quando as bolhas são em menor número e a espuma inicial não é tão evidente, o vinho pode ser apenas frisante. Em suma, o espumante tem maior concentração de dióxido de carbono dissolvido. O tipo de vinho, se espumante ou frisante, deve ser claramente indicado no rótulo.

O champanhe, é um vinho branco espumante, produzido na região de Champagne, no nordeste da França, através da fermentação da uva. Foi nesta região, mais precisamente no povoado de Hautvillers, que os monges Dom Pérignon e Dom Ruinart se esforçaram muito para domar os vinhos que fermentavam novamente nas garrafas, fazendo-as explodir.

Esta antiga província histórica produz igualmente os vinhos chamados "tranquilos" (não-espumantes) que levam denominações diferentes como tintos, brancos ou rosados e são produzidos nas cidades de Bouzy, Virtudes, Damery.

No entanto, a região de Champagne produz, em grande maioria, vinhos espumantes (brancos ou rosados) chamados simplesmente de champanhe, sem mais especificações.

Com o aparecimento de Dom Pérignon, que era um monge beneditino, houve uma grande mudança na produção do champanhe. A Dom Pérignon, é crditado o desenvolvimento dos cinco principais elementos que em muito contribuíram para o champanhe, tal como ele é hoje:

• A mistura de diferentes vinhos da região, conseguindo que o produto fique mais harmonioso.
• Separação e prensagem em separado das uvas pretas que predominam em Champagne, obtendo assim um cristalino sumo de uva.
• O uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a pressão da segunda fermentação em garrafa.
• O uso da rolha de cortiça, vinda de Espanha, que permitiu substituir o anterior sistema, pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite.
• A escavação de profundas adegas, hoje galerias com vários quilômetros de extensão e usadas por todos os produtores, para permitir o repouso e envelhecimento do champanhe a uma temperatura constante

A principal alteração no processo, foi supostamente introduzida, por Nicole Ponsardin, a viúva de Felippe Clicquot, que desenvolveu um método para retirar todo o fermento da garrafa (entretanto, o mais provável é que o método tenha sido criado pelo seu chefe de adega). Antes disso o champanhe era turvo e com aroma residual de levedo.

Um champanhe comum leva, pelo menos, dois anos para ficar pronto e, os especiais, até cinco anos. Ficam estocadas nos subterrâneos das cidades nos crayères, que são túneis cavados no giz.

Quanto às uvas utilizadas, são três: a chardonnay (em maior proporção), a pinot noir e a pinot meunier. Estas últimas são uvas tintas, mas os vinhos utilizados, elaborados sem a casca, são brancos.

O champanhe é um corte (mistura de vinhos em proporções determinada pelos enólogos) de trinta a até cerca de duzentos vinhos brancos. O tradicional é feito com um corte de cerca de 30% de vinhos brancos de uvas tintas, o rosé com corte de vinhos tintos, o blanc de blanc, apenas com uvas brancas e o blanc de noir elaborado apenas com uvas tinto.



Texto elaborado e formatado por:

Brisa Araújo
Leonardo Almeida